A Polícia Civil de Goiás divulgou, na manhã desta segunda-feira (2/11), os áudios enviados a um empresário por um dos sequestradores de sua mãe e ex-cunhada, em Anápolis. Nos áudios, o sequestrador exige que o empresário não envolva a polícia nas negociações para libertar as mulheres, e ameaça matar as vítimas do sequestro dizendo que “um homicidiozinho” para ele seria “pouca coisa”.
O sequestro das mulheres, de 68 e 31 anos, ocorreu na manhã do último sábado (30/11), em uma rua de Anápolis. As vítimas foram levadas para um cativeiro em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal e, posteriormente, para um fazenda em Minas Gerais, onde foram resgatadas pela polícia no domingo.
Conforme adiantado pela Polícia Civil, o empresário – filho de uma das mulheres e ex-cunhado de outra – teria uma dívida de aproximadamente R$ 9 milhões com um dos homens que atuou no sequestro. Nos áudios enviados ao empresário, o sequestrador ameaça matar uma das mulheres, a mãe, caso ele acione a polícia. O homem diz que já tem um “caminhão de crimes”, e um homicídio a mais não faria diferença.
Já em outro áudio, o sequestrador coloca a mãe do empresário para falar, e manda que ela peça para o filho pagar o resgate. Caso contrário, segundo o sequestrador, ela seria assassinada.
Ouça os áudios abaixo:
Mulheres alvos de sequestro em Anápolis foram encontradas em fazenda mineira
Depois de encontrar o cativeiro em Águas Lindas de Goiás vazio, a equipe policial localizou o veículo utilizado pelos sequestradores em Brasília e, na sequência, chegou ao outro local, numa fazenda no município de Cabeceira Grande, em Minas Gerais. No início da noite de sábado, funcionários de uma fazenda da região haviam denunciado uma movimentação estranha em uma casa, onde teriam chegado dois homens e duas mulheres, sendo que um ficou lá dentro e outro ficou de fora. Quando os policiais se aproximaram, os autores fugiram, deixando as vítimas na casa.
Ambas as vítimas foram resgatas sem ferimentos e entregues à família na manhã deste domingo. Os sequestradores, no entanto, se embrenharam na mata e desapareceram.