Escola de samba faz protesto com presidente-vampiro em avenida

A Escola de samba do Rio de Janeiro, Paraíso do Tuiuti, abordou temas como reforma trabalhista e escravidão em seu desfile na madrugada desta segunda-feira (12/2).
O Enredo da escola “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?” fala sobre os 130 anos da Lei Áurea. O carnavalesco Jack Vasconcelos apresentou críticas ao governo e ironizou em uma de suas alas os manifestantes que pediram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
A ala “Manifestoches” continha batedores de panela (em referência aos protestos contra o governo do PT) com a camisa da seleção brasileira de futebol e um pato amarelo – identificado com os grupos antipetistas – é manipulado como um fantoche.

No último carro também havia um componente vestido de vampiro trajando a faixa presidencial, políticos vestindo cuecas com cifrões e trabalhadores empunhando a carteira de trabalho. Apesar da clara referência a Temer, o destaque do carro, um homem pálido e soturno vestindo terno e uma faixa verde e amarela, foi chamado oficialmente pela escola de “Vampiro do Neoliberalismo”.
Em outras alas, a Tuiuti trouxe a escravidão propriamente dita, fazendo uma crítica de que a abolição não aconteceu de fato até hoje. A história contada pela escola começou na Antiguidade, no Egito, Babilônia e Síria, e a comissão de frente apresentou a vida na senzala.

Superação
No carnaval do ano passado a Paraíso do Tuiuti teve uma passagem trágica pela Sapucaí. Um acidente com sua última alegoria causou a morte da radialista Liza Carioca. A escola não foi rebaixada mas ficou em último lugar.
Neste ano, com uma crítica social atual e tamas polêmicos que está repercutindo em todo país, a escola parece ter superado a tragédia de 2017.
Com informações do Uol